Oceania - Just A Ride (Vídeo Oficial)
Directed and edited by Davidson Mainart
Assistant director: Bruno Paraguay
Assistant: Petrick Magrelo
Make-up by Alice Austríaco and Ana Paula Furbino
Lighting: Julio Cesar
Oceania:
Gustavo Drummond - Vocals, guitar
Tulio Braga - Drums
Afonso Silva - Bass, vocals
Track recorded at @maconariadoaudio
Produced by @mmercedo
Engineered by @adamien666 and Alan Wallace.
Mixed and Mastered by Marcus 'Camelo' Soares @hipnoise_studio
Just A Ride
Let the airwaves go around
And spread the word again
'Til I break away from these rusted chains
Time to leave it all behind
And turn another page
While the blood's still running inside my veins
I don´t need a savior
No use for an imaginary friend
The weight of the questions can't hurt me
'Cause this is just a ride (just a ride)
It's just a ride (just a ride)
Gonna burn it to the ground
Breathe the winds of change
And embrace the sun as I drift away
I can feel it shooting thrills
Up and down the spine
Not a single reason to be afraid
I don´t need a savior
No use for an imaginary friend
The weight of the questions can't hurt me
'Cause this is just a ride (just a ride)
It's just a ride (just a ride)
Music & Lyrics:
Gustavo Drummond
PS:
É sabido que após a disponibilização de uma obra ao público, o vínculo entre a intenção original do artista e a obra em si se desfaz e a canção adquire vida própria nos ouvidos e corações de quem se propõe a ouvir e refletir sobre seus significados.
Assim, as reflexões contidas nas letras, ao serem impulsionadas pela força da construção harmônico-melódica, são concretizadas na mente de cada ouvinte, que realiza múltiplas associações entre sua história de vida, visão de mundo e aspirações.
Assim, não há interpretação “errada” ou “inconsistente” com o que o artista quis dizer, sendo que o que realmente importa é o sentimento que aquela canção provoca no ouvinte, ainda que seja totalmente distinto da intenção original.
De todo modo, para quem tiver curiosidade e interesse, sempre respeitando essa “vida própria” a ser adquirida, gostaria de compartilhar o que me levou a escrever a letra da “Just A Ride” (de certa forma refletida no roteiro do videoclipe). Trata-se de uma contemplação acerca da passagem do tempo, da percepção da efemeridade de todas as coisas e de minha decisão pessoal sobre adotar uma postura de destemor e gratidão diante dessa finitude.
A meu ver, as leis naturais que regem o funcionamento do mundo denotam inexoravelmente ciclos de começo, meio, fim, tornando desnecessários muitos dos mecanismos de conforto e apaziguamento criados pelo ser humano ao longo de suas culturas e civilizações para aplacar a angústia decorrente da percepção desta brevidade/finitude, a exemplo das inúmeras religiões e seus conceitos de “criadores” e/ou “salvadores”, que, de algum modo, garantirão a continuação eterna de nossas vidas no “paraíso” ou no “céu”.
Por esta razão, digo no pré-refrão que, mesmo diante de todo esse contexto, "eu não preciso de um salvador, ou de um amigo imaginário. O peso dessas questões/consequências, não vai me machucar, porque o que estamos vivendo é só uma "ride", uma "volta" na terra/universo", que dura o tempo de nossas vidas e, do ponto de vista da construção de imagens no videoclipe, toda essa contemplação se com o personagem diante do espelho, no crepúsculo da juventude, avaliando o tempo que ainda lhe resta até a velhice, sob o escopo da finitude de todas as coisas (na metáfora do espelho quebrado), primeiramente em conflito, mas adquirindo serenidade, aceitação e gratidão ao longo da trajetória, até entender-se como parte deste ciclo natural de começo, meio e fim.
Abraços,
Gustavo Drummond
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