- Ratos de Porão - faz show aloprante em Porto Alegre. A banda reuniu sucessos de quatro décadas em apresentação sensacional

 

Ratos de Porão faz show aloprante em Porto Alegre

A banda reuniu sucessos de quatro décadas em apresentação sensacional


Ratos de Porão no Kool Metal Fest 2022

Ratos de Porão no Kool Metal Fest 2022. Crédito: Wellington Penilha


Texto por Patrícia C. Figueiredo





A lendária banda brasileira Ratos de Porão retornou à Porto Alegre no último dia 31 e fez um show sensacional no tradicional Bar Opinião. A apresentação contou com um setlist que revisitou grandes sucessos do grupo ao longo dos quarenta anos de carreira.

A noite começou com a banda Código Penal abrindo os trabalhos e aquecendo o pessoal que aos poucos foi ocupando a pista da casa. Os gaúchos fazem uma fusão de rap e hardcore de alta qualidade e têm conquistado cada vez mais o seu espaço na cena. Eles começaram o show com “Terra de Ninguém” e não demorou muito para já prenderem a atenção do público.

Na mesma linha do Ratos de Porão, a Código Penal traz letras fortes em protesto de injustiças sociais, do capitalismo e do racismo. Contando com dois vocalistas, Black to Face e Lucio Agace, os vocais têm aquele dinamismo do rap, e o baixo de Luciano Tatu traz bastante groove às melodias, bem como a bateria de Cesar Pereba. Já as guitarras de Marcio Zuza e Eduardo Jack adicionam riffs e distorções empolgantes que completam o som da banda. Com destaque para “Marginalizado”, “Chove Bala” e “Uzi Além da Imaginação”, a Código Penal fez um excelente show e com certeza conquistou novos fãs. 

Ratos de Porão entrega a locura e o caos que os fãs esperavam

Os Ratos de Porão entraram no palco sem cerimônia e o pessoal já animou geral e logo entoaram o coro de “Alerta Antifascista”. Alguns fãs subiram no palco, outros jogaram suas cervejas para cima. Os primórdios da banda já deram a cara no setlist com a tríplice “Amazônia Nunca Mais”, “Farsa Nacionalista” e “Lei do Silêncio” do álbum Brasil, de 1989. João Gordo não perdeu a oportunidade da temática e fez declarações contra Elon Musk e Bolsonaro.

Em um certo memento, João Gordo também contou a história de Carlos Alberto Pinto de Oliveira, quem em 1994 assassinou seus pais em Porto Alegre. O motivo da história ter vindo à tona foi porque o jovem havia supostamente tido como inspiração para cometer o crime a faixa “Herança”, que a banda também tocou neste show. Existem, de fato, semelhanças entre a letra da música e o jeito que o crime foi cometido.

Clássicos de Anarkophobia e Crucificados Pelo Sistema

Outros álbuns que marcaram presença no show foram Anarkophobia (1991), que contou com sucessos como “Morte Ao Rei” e “Igreja Universal’, e o primeiro álbum Crucificados Pelo Sistema (1984), com a faixa homônima e “Morrer”.

A banda se apresentou em excelente forma em diversos aspectos. O baixista Juninho ocupou o palco com ferocidade em seus movimentos e saltos altíssimos. Jão, apesar de mais contido, deixou sua brutalidade passar pelas cordas da guitarra e enfurece o público igual. Na bateria, Boka quebrou tudo incansavelmente, e João Gordo entregou tudo nos vocais rápidos e rasgados.

Mas apesar do excelente nível de energia, o show correu rápido. Com cerca de uma hora de duração, o Ratos de Porão encerrou sua apresentação, mas não sem antes as clássicas “Aids, Pop, Depressão” e “Beber até Morrer”, que fizeram a galera pular muito. Sem dúvidas, a banda entregou toda a loucura e o caos que o público esperava. 

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